Baixo custo e nostalgia são os atrativos que os apaixonados enxergam no formato
No cultuado livro Alta Fidelidade, do escritor inglês Nick Hornby, é evidente a ligação entre o protagonista Rob Gordon e suas gravações em fitas cassete. O depressivo dono de uma loja de vinis usava as seleções musicais que fazia para conquistar corações.
Após a ressurreição do vinil, pessoas com o espírito de Rob estão trazendo de volta a cultura da fita cassete. O baixo custo, a facilidade de gravação e o caráter nostálgico são as características que, segundo reportagem de August Brown, no Los Angeles Times, voltam a atrair olhares para o formato, que se propõe como alternativa acessível ao vinil e ao CD.
Segundo a auditoria SoundScan, em 2009 foram vendidos 34 mil álbuns em cassete nos EUA. O formato é muito usado na cena indie, que tem baixo recurso financeiro. Thom Yorke, líder do Radiohead, foi um dos responsáveis pela volta do vinil, levando a banda às velhas bolachas. É, também, um apaixonado por cassetes e apontado como chave para o sucesso da volta das velhas fitas.
O caráter retrô do K7 também serve de chamariz para o público. Chris Jahnle, do selo independentes Kill/Hurt, grava músicas de suas bandas na sala de estar. “Se a qualidade em MP3 já é horrível, por que não gravar algo que soa ruim, mas que podemos segurar nas mãos?”, questiona Jahnle.
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