Jovem Guarda

Celebrando a música de Celly Campello

Boa oportunidade para mergulhar no universo romântico e ingênuo de Celly Campello é ‘Estúpido Cupido’ (Discobertas, R$ 110 em média). O box revive clássicos da aurora da Jovem Guarda e traz os seis discos gravados pela cantora – morta em 2003 – pela gravadora Odeon entre os anos de 1959 e 1968.

Com produção do pesquisador Marcelo Fróes, e cuidadosamente remasterizados por Ricardo Carvalheira a partir das fitas originais, ‘Estúpido Cupido’ (1959), ‘Broto Certinho’ (1960), ‘A Bonequinha Que Canta’ (1960), ‘A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka’ (1961) e ‘Celly’ (1968) foram reeditados com as capas originais e trazem encartes recheados por fotos e textos exclusivos escritos por Albert Pavão, pioneiro do rock brasileiro.

De Taubaté, a menina de voz meiga deu vida a canções que ganharam os bailinhos e as emissoras de rádio, ecoando pelos alto-falantes País afora.
Escrita por Neil Sedaka e Howard Greenfield e sucesso nos Estados Unidos na voz de Connie Francis, ‘Stupid Cupid’, ganhou versão de Fred Jorge. Presente no álbum de estreia de Celly, ‘Estúpido Cupido’ se tornou seu maior sucesso.

Outra que fez o disco conquistar os jovens da década de 1950 foi ‘Túnel do Amor (Have Lips, Will Kiss in the Tunnel of Love)’, conhecida também pela versão original, na voz da cantora e atriz norte-americana Doris Day.

Já premiada pelo sucesso das vendagens do disco anterior, a cantora lançou ‘Broto Certinho’. Sem pestanejar, emplacou o ‘hit’ ‘Banho de Lua (Tintarella di Luna)’ e continuou a saga romântica na faixa homônima. “Quero um brotinho só pra mim / Certinho, encantador / A me dizer, que sempre comigo sonhou”.
Não tão impactante, porém importante, ‘A Bonequinha Que Canta’ chegou às lojas de discos enquanto uma boneca da cantora chegava às lojas de brinquedos. A nova versão do álbum conta com dois bônus, ‘Vi Mamãe Beijando Papai Noel’ e ‘Canário’ – gravada ao lado de seu irmão Tony Campello.

Gravado em 1968, seis anos após a cantora anunciar aposentadoria para se casar, ‘Celly’, de 1968, matou a sede dos fãs. A reedição traz o bônus ‘Ao Meu Amor’. 

Mais dos discos: 
Em ‘Broto Certinho’, não deixe de escutar a delicada composição ‘Over The Rainbow’.
Bem cuidada, a reedição traz o áudio perfeito, limpo e puro.
Assim como Annette Funicello, Celly também dedicou disco às músicas de Paul Anka. Com versões de Fred Jorge, ‘A Graça de Celly Campello e A Música de Paul Anka’ conta com 12 temas. ‘Love You Baby’ virou ‘Gosto de Você’,’Meu Bem’ e ‘Talk to me Baby’ virou ‘Diga, Querido’.

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Jose Carlos Almeida

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