Mundo da Música

A eterna elvismania ao redor do planeta

 
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Os fãs de Elvis Presley demandam Graceland como  se fossem peregrinos a Jerusalém, Meca ou Varanasi

O miúdo que nasceu em Tupelo, essa pequena terriola então com apenas seis mil habitantes, e se estrearia nos palcos “com umas calças vermelhas, um casaco verde, camisa e meias cor-de-rosa e um grande sorriso nos palcos”, na descrição do cantor country Bob Luman, não imaginaria que o seu túmulo se tornaria um santuário visitado anualmente por uns 600 mil fãs, sobretudo nas datas em que se celebra o seu nascimento (8 de Janeiro de 1935) ou se faz uma vigília de velas pela sua morte (16 de Agosto de 1977). E ainda hoje haverá gente capaz de repetir o que pensava, quando andava no liceu, John Lennon: “Elvis era mais importante do que a religião na minha vida.”

Ninguém parece muito interessado em reflectir se a carreira do Rei do Rock foi desigual, bastando comparar a fase em que, qual gato selvagem, Elvis The Pelvis gingava de forma sexual, para delírio das adolescentes, e a do galã obeso, entretido nos seus fatos kitsch, ursinhos de peluche e Cadillacs dourados ou rosa – alguns especialistas dividem mesmo o seu percurso musical entre o antes e o depois do serviço militar.

Pouco importa! Em concursos de sósias nas Filipinas ou em romagens à mansão que a estrela comprou em 1957, e onde foi encontrada morta em 1977, as multidões sucedem-se. Afinal, até parece que Graceland é agora uma espécie de Jerusalém ou Meca ou Varanasi para os peregrinos revivalistas do rock – e o audioguia daquele monumento de Memphis até tem versão em português. Mas talvez fosse melhor ouvirem uma canção, mesmo se uns escolhem Jailhouse Rock e outros preferem antes Love me Tender.
Fonte: Sapo

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Jose Carlos Almeida

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