Cover de Roberto Carlos é alvo de investigação da PF

Em operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira (16), um dos alvos é o ativista Roberto Boni, figura conhecida na Baixada Santista por se apresentar em shows e eventos como cover do rei Roberto Carlos.

A operação Lume, como foi batizada, ocorreu após pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos.

Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no DF.

De acordo com a PGR, Boni e os demais investigados da operação são suspeitos de usarem a internet e redes sociais para disseminar mensagens contra a democracia, de incentivo à desobediência e contra a ordem pública.

Além de Boni, entre os investigados está o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), Allan Santos, blogueiro e fundador do site “Terça Livre, o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte. Todos eles aliados ao presidente Jair Bolsonaro.

Roberto Boni

Roberto Boni é figura conhecida do público da Baixada Santista por fazer shows e apresentações como cover do rei Roberto Carlos. Ele, inclusive, durante a carreira como cover lançou um CD e, por algumas vezes, já se encontrou com o cantor.

Desde então tornou-se um ativista político e youtuber, em defesa do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro. Ele faz diversas participações no “Canal Universo”, onde faz comentários em defesa do governo, criticando os atos contra o presidente, além de determinações do STF.

No dia 31 de maio, participou de uma manifestação na Praça da Independência, no Gonzaga, em Santos. Sem máscara e cumprimentando demais manifestantes, desrespeitando o decreto municipal de distanciamento, xingou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) após pedido da Polícia Militar em dispersar o ato.

No entanto, a PM foi acionada para o local após uma denúncia de um morador, pois muitos manifestantes estavam sem máscaras, o que não é permitido perante lei municipal.