O rock esteve presente no cinema brasileiro desde o surgimento. É o que fica comprovado na ótima mostra “O Cinema Rock’n’Roll – Filmes Brasileiros da Jovem Guarda aos Dias de Hoje”, do Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro, que começou na última terça (27) e prossegue até 8 de outubro. Ao todo, serão exibidos 23 filmes em longa e curta-metragem.
A estreia foi com o raro curta“Mutantes”, dirigido por Antonio Carlos da Fontoura, em 1970. Entre as demais atrações, estão “De Vento em Popa”, chanchada de Carlos Manga, de 1958, em que Oscarito faz paródia de Elvis Presley; “Juventude e Ternura”, dirigido por Aurélio Teixeira e estrelado por Wanderléa, em 1968; “Jerry, a Grande Parada”, que mostra o cantor Jerry Adriani tentando manter um orfanato aberto em produção de 1967, dirigida por Carlos Alberto de Souza Barros; e “Bebel, a Garota Propaganda”, de 1967, dirigido por Maurice Capovilla, baseado na literatura de Ignácio de Loyola Brandão e com música de Carlos Imperial.
Um dos ícones da geração dos anos 80, “Bete Balanço”, de 1984, dirigido por Lael Rodrigues, com Débora Bloch, Lauro Corona e Cazuza, com músicas do Barão Vermelho, também estará presente, assim como “Areias Escaldantes”, de 1985, realizado por Francisco de Paula, baseado nas referências da canção “Babi Índio”, dos Titãs, e estrelado por eles, assim como por Lobão, que interpreta um guarda.
Outro marco do período é o curta-metragem “A Estória de Clara Crocodilo”, dirigido por Cristina Santeiro, em 1980. Chico Science & Nação Zumbi, ícone dos anos 90, aparece na trilha musical do ótimo “Baile Perfumado”, realizado por Lírio Ferreira e Paulo Caldas, em 1998. Mais recente é a animação “Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll”, dirigida por Otto Guerra, em 2009, e estrelada pelos personagens criados pelo cartunista Angeli.
Comente